sábado, 15 de outubro de 2011

Praia de Iracema

Acabei de chegar do bar do Frazão. Tomei  água de coco e cantei de xangai a cartola, acompanhado de um novo amigo, o violinista e violonista Vicente, gente da melhor qualidade, músico profissional, muito bom. A música nos deixa leve, nos trás emoção.Pessoas diferentes, opostas, se reúnem e ficam inebriados por ela. Mas antes de deixar meu filho mais velho na casa de um amigo, e pegar o mais novo na casa de praia de outro amigo,rs, queria postar um texto que escrevi sobre um bairro daqui de Fortaleza, que fez parte da minha pequena e singela boemia(PRAIA DE IRACEMA). Sim, porque nunca fui um boêmio tradicional, mas sempre fui de coração.Postei essa poesia numa página do facebook que é de um grupo que busca a revitalização deste bairro, e um belo dia, tive a grata surpresa de um membro do grupo solicitar  permissão para inclui-lo em uma matéria da revista casa cor ceará 2011, de  pronto aceitei, é claro, envaidecido por gostarem do que escrevi, e assim espero que vcs também gostem, pois foi feito com  coração:


P.I.
Nas pedras da Ponte de Iracema encontro meu tempo.
As águas que se chocam nas pedras são as mesmas que batiam na minha mocidade,
Ainda estão lá!
Assim como meus sonhos, que insistem em me tratar como criança, ingênuo e frágil.
Mas tenho a corrosão das pedras também dentro de mim, elas me fazem mais velho,
esperar menos das pessoas; ver, dentre a maresia dos sentimentos, e de tudo que passamos, que apesar de tudo,  sempre vale apena .
Isso me basta, não me faz esperar, me faz avançar, e viver e amar, olhar para frente.
O Mar da minha adolescência ainda espera por mim na PI,
É dele a pausa da minha reflexão, é dele o carinho dos momentos lindos e da minha poesia.
Na verdade, sou como as pedras de lá, que se moldam no doce choque com o mar,
E me transformam sem sair do lugar.
E é assim, que  é!
Viver é reconhecer a dança das marés!
                                                   Daniel Porto

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