quarta-feira, 11 de abril de 2012

AMOR DOS AMANTES



AMOR DOS AMANTES
Quero te cheirar
Beijar bastante... até as cócegas
Brincar com tua barriga.
Teu umbigo.
Sim, vou mexer no teu umbigo,
Tu não conseguirás escapar.
Tu não quererás.
Vou acariciar teus cabelos,
Teu dorso, posto lateral como uma montanha.
Meus dedos percorrerão andando, as colinas do teu corpo,
Lindo, nu, a esperar por mim.
E nos amaremos como loucos,
Gestos bruscos, teus cabelos firmes, entrelaçados em minhas mãos,
Teus gritos de amor e prazer,
Teu corpo suado caído junto ao meu.
Te Amarei da tempestade à calmaria,
Teus olhos lânguidos de cansaço,
Teu rosto repousando ao encosto do meu braço,
Minha alma vicejando no coração a palpitar.
Seremos dois loucos a amar,
Seremos duas almas de prazer.

 Daniel Porto

terça-feira, 10 de abril de 2012

AMOR DE SOL E LUA


Amor de sol e lua
É o meu chegando pra te beijar.
Sinto teu cheiro, mas teu gosto não.
Pressinto tua luz, mas teu clarão nunca toca minha pele.
Sou teu, e tu és minha,
Mesmo sem te tocar,
Mesmo sem te ver,
Vivo dentro de ti.
Fugaz como o toque na ponta dos dedos,
Como o olhar perdido no horizonte.
Eu chegando
E você partindo
 Existindo
Sempre
Eternamente
Dentro de mim!

domingo, 8 de abril de 2012

Anjos



Os anjos vieram me buscar na rua estreita do bairro morto. Sombras me fitavam e eu sabia que eram eles na espreita, esperando a hora final.
Os anjos vieram me buscar  e era  noite, e chovia, os trovões os lançavam de dois em dois aqui na terra, e caiam molhados, com as asas cinzas de poeira e água.
Os anjos percorreram todos os buracos, todos os recantos, e na rua estreita fatalizaram meu final. Subi a calçada- eles atrás- desci novamente- eles apressaram o passo. Começaram a voar, e com suas mãos poderosas me arrebataram para o alto, que de tão alto não se via o chão.
Olhei tudo de longe. Me percebi preso nas mãos dos anjos, e libertei meu espirito, que voou mais e mais nas asas da minha imaginação, sem dominação, sem limites, sem mim, só ele e o que eu sei de mim.
Os anjos levaram somente meus restos, migalhas, meus trapos. Eu sim, levei tudo que ficou de mim. Minha Poesia!