Poema da Bênção
Nas noites mornas,
quando as sombras pairavam nos corações;
Antes, bem antes de
findar as estrelas, e a esperança surgir numa nova manhã.
Bênçãos eu te dava, em verdade e intenção.
Amém, e ali findava
nosso momento comum.
Uma espécie de acalanto,
um desejo de bem querer,
Era algo mágico, sem
razões, sem nenhum por quê.
Mas a vida transforma
tudo.
O mundo enfim é um
turbilhão.
Machuca nosso
coração,
E às vezes nos impede
de seguir.
A distância, levemente
toma conta,
Tudo vai perdendo a
cor, o encanto,
Como um barco a
deriva, diminuindo sempre, diante do cais.
Hoje,
Das minhas bênçãos,
não precisas mais,
Pois tenho tantos
defeitos, desleixos, pecados,
Sou um anjo torto,
para o erro fadado,
Não posso mais te
fazer sorrir.
Mesmo assim, vou dizendo
em meu coração,
Secretamente no
silêncio da escuridão,
A bênção de sempre,
que sempre desejarei pra ti.
Deus te abençoe!