sábado, 25 de maio de 2013

Lua Cheia



Na noite em que me pediste a lua
Foi um dia sem desencantos e realidades.
Tolos, em pensamentos e liberdades,
Únicos, neste mundo de carne crua.

Tua alma me serviu de inspiração,
Mesmo sendo eu, uma mistura de tantos pecados,
Apenas mais um dos poetas angustiados,
Brindando a vida, neste mundo sem razão.

Nessa noite... sem amores enlouquecidos,
Fomos apenas atração das almas.
Dou-te a lua então, em tuas noites calmas,
Dai-me céu estrelado, dos nossos amores perdidos.

VAZIO EU


O dilúvio que cai sobre meus pensamentos, nesta noite vazia,
 De vazio Eu,
Sombreia o horizonte em fúnebres constatações.
Vazios e solitários,
 De vazio Eu,
 Percebe-se a imensidão de tão preenchido vazio.
Um choro perdido, um olhar sem razão.
Escavo as lembranças, rumino esperanças, imóvel, perplexo.
Todos neste momento me abandonaram,
Nada se calcifica nas minhas certezas, nada se perpetua no meu mundo efêmero.
E essa angustia tórrida que abrasa minha existência tão complexa, ridiculamente simples,
Essa busca enervante pela paz,
Os prazeres,
 Toda a calma, e o querer,
Sai de mim como uma loucura, insígnia que rege meus dias,
Uma fatal e nebulosa assiduidade dessa escuridão em mim,
Arrebata-me e arrefece meu coração.
Paradoxo constante nas agruras de um caminho aflito e feliz.
Minha loucura é o motivo da minha morte e do que me faz viver.
Meu grito e meu sorriso nascem de tudo em mim conciso,
Mas também, dos meus profundos vazios diários,
Das minhas noites vazias,
E do meu alvorecer,
De vazio Eu !