sábado, 17 de dezembro de 2011

POESIA DESESPERADA


POESIA DESESPERADA
Eu quero fazer poesia desesperada, destemperada,
Sem oração
Eu quero gritar minhas magias
Magias loucas, sem calmaria, só agonia, sem mansidão
Meu pensamento é latente, pulsante, inconstante,
Sem noção
Meu grito é forte, minha dor ardente, não sou dolente,
Sou só paixão
Meu sangue escorre do que escrevo, reverto o medo, sou fúria, canção
Imagino tudo em segredo, depois explodo, sou furacão.
Minha alma acalma, vem os amores, cheios de pudores, sem nenhuma paixão
Mas de repente sou eu de novo
Igual a todo povo
Igual a tudo vão

Daniel Farias Porto

O TEMPO (Mario Quintana)

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

PECADO


Ontem  ouvi o canto da sereia!
Como a brisa ,o vento. Suave e constante,
Como a voz do pecado, doce e letal,
Me diz para morrer amanhã e viver para sempre hoje.
Não consigo resistir.
Hoje ela me chama novamente!
E sei que novamente não vou resistir!
Mas subverto o inevitável,
Sou poeta e não um tolo,
Lastimo seu canto
Tenho pena da sua sina,
Mais do que da minha.
Triste é cantar para a morte
Lastima é morrer por ela,
Pois hoje seu canto não mais me atrai,
E me faz tão bem
Mais do que quando atraía,
 Zombo da morte,
Celebrando a vida,
Sou pecador,
Mas não represento o pecado,
Ela sim!



Daniel Porto

domingo, 11 de dezembro de 2011

Os Quinze Anos do Meu Filho


Os Quinze Anos do Meu Filho

Quando a mocidade era mais latente em minha face, meus sonhos não passavam por ser pai, constituir família, ter por obrigação a vida de outra pessoa, por quem quer que fosse. Eu só pensava no hoje, no agora, adorava todos os bons vícios que os prazeres da vida tem, e que até hoje me batem à porta.
Eu pensava em ser solteiro até os 40, e depois sim buscar um casamento, depois de cansado da vida solitária e da boêmia, mesmo não sendo tão boêmio assim. Contudo, o casamento foi inevitável, depois de uma longa história de amor, e para minha surpresa veio o filho.
Quando me vi pai, vi que tinha nascido para “ser”. Os outros prazeres são muito importantes;  os outros amores existem, existirão sempre, mas que a incondicionalidade desse amor é algo que grita em minha alma, é um perfume que nunca mais quero deixar de sentir.
Por ser pai, passei a ter sonhos, a gostar mais de mim, de ter ambição sadia e com ela procurar ser motivo de orgulho para meus filhos, e com isso e por isso tentei forjar seus princípios com valores que busco em minha vida.
Só depois de ser pai pude me aproximar de DEUS, e ter um “humano entendimento” da magnitude do amor DELE por nós. Pude dar valor ao seu sacrifício, e ver como é de fato grande o amor de quem nos gerou.
Hoje sei que nasci para gerar o Arthur e o Bernardo, e que minha vida não é só isso, mas é principalmente isso, pois todo o resto vem a reboque diante desse amor.
Hoje o Arthur fez 15 anos, o Bernardo logo será outro rapagão, e vejo que assim como eu, eles seguirão, sempre em frente, sempre na busca do crescimento, criando seus caminhos, vivendo seus amores, girando o dínamo que faz tudo se modificar: a vida.
Sou um pequeno ponto nisso tudo, mas manterei acesa minha luz, que brilhará incansavelmente com todas as minhas forças, nem que seja para servir de norte para os que amo.
Daniel Farias Porto