terça-feira, 20 de dezembro de 2011

CONSUMISMO


Hoje, o eterno acaba amanhã
As relações são de mentira
Os motivos são inventados
Os amores são banais

Hoje, a poesia está morta
O sentimento é ridículo
Tudo tem um objetivo
Mas não sabemos qual

Hoje, adoramos o que nos mandam
Não pensamos, digerimos
Não vivemos, apenas cumprimos,
Nossa obrigação de gado e número.

Hoje, que tudo morreu
E a esperança dança no fio do trapézio
Pensamos qual será o próximo passo
Da bestificação em forma de progresso
Do kamikaze que sonha com a vida eterna

Hoje que não sonhamos nossos sonhos
Morremos infelizes sem saber o por quê
Pois na verdade nunca vivemos para saber
Somos um projeto de algo que na verdade,
 nunca veremos nascer
Hoje !

Daniel Farias Porto 

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