domingo, 2 de junho de 2013

Memória




Sou como uma peneira de tranças espaçadas,
Muito se perde do que busco e cultivo.
Esqueço livros, nomes, e muito mais...
Mas sempre fica algo guardado que não sei explicar,
Sempre fica uma coisa melhor do que esqueço,
Minha memória é um traste ignorante que perde tesouros.
Mas, como só essa peneira me resta,
Continuo pescando e deixando escapar.
As lembranças, embora pequenas,
Germinam serenas
Nas minhas manhãs,

Em todo o meu despertar!

(Daniel Porto)

Nenhum comentário:

Postar um comentário