Ontem, minha mãe me apresentou alguns de seus escritos que ficaram perdidos no meio de seus papéis, e tal foi minha surpresa ao me deparar com sentimentos não da minha vozinha, mas de uma mulher maravilhosa, que trazia dentro da sua fisionomia frágil, e semblante de "Avó", uma vida de amor, desilusão, alegria, tristeza e "saudade" coisas que todos nós vivenciamos.
De onde vem tanta ventura
Depois de morta a amizade,
Vem de um misto de ternura
De paixão e de saudade.
Eu vivo aos poucos morrendo
Desta saudade sem fim,
Saudade de quem vivendo,
Não vive mais para mim.
Não sabem que encaro a vida
Com sorriso contrafeito,
Porque a saudade é ferida
Sempre aberta no meu peito.
Nós somos do altar sem cruz
De nossa infelicidade,
Dos candelabros sem luz
Da escuridão da saudade.
MARIA MENDES
Imaginando sua Avó nos seus 60 anos de idade escrevendo esse Lindo manuscrito numa cadeira como esta da foto.
ResponderExcluirPoema muito Lindo e realmente trata um conjunto de sentimentos que todos nós vivenciamos.
Pilão e goiabas no quintal... redes dependuradas... Tio Gerardo na porta lendo jornal... ela nos recebendo com a paçoca e a pipoca prontas... Fanta laranja na geladeira... piadas impróprias na sala... merenda Bolacha Maria... água salobra de Campo Maior... Luana
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